18 de abr. de 2024

BIOGRAFIA DO ABISMO

 

BIOGRAFIA DO ABISMO

Felipe Nunes e Thomas Traumann

Ed. Harper Collins, 2023

 

 

As corporações têm dificuldade de posicionar suas marcas

 

O Brasil de opiniões radicalizadas é um dilema para todos os brasileiros

 

As opiniões políticas passaram por um processo de engessamento e se transformaram em parte da identidade de cada eleitor

 

Interesses perderam força para paixões

 

O eleitor Fora da bolha termina decidindo a eleição

 

Houve transbordamento disputa política para o cotidiano, contaminando relações

 

A convivência entre diferentes se tornou o maior desafio

 

Os brasileiros estabelecem contato quase exclusivo com pessoas que pensam de maneira similar

 

Simplesmente recusa a informação que contraria sua crença e busca veículo que reforça o que já pensava

 

Vale espalhar mentiras, defender o indefensável e romper relações ?

 

Eventos pareciam inicialmente capazes de afetar a estabilidade eleitoral: pandemia, repique de inflação (Ucrânia), o fracasso de viabilizar a terceira via e o bilionário pacote social às vésperas da eleição

 

Lula venceu porque aumentou seu eleitorado nas grandes cidades, particularmente Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro

 

Apoio de Simone Tebet e economistas liberais deu à candidatura uma frente ampla a favor da democracia

 

A enfática defesa em facilitar o porte e a posse de armas abriu espaço para o avanço de Lula em pequena faixa de mulheres

 

O compromisso individual do cidadão é aprender a conviver com as diferenças

 

É preciso identificar convergências capazes de costurar o tecido social

 

Fazer negócios vai exigir cardápio de estratégias que hoje poucas companhias detêm

 

Quem tenta virar o jogo na força bruta deve ser extirpado

 

Na vida privada, a maioria das pessoas é bastante realista

 

O abismo que a sociedade brasileira se defronta pode ser a sensação quase niilista de que não existe saída para esse impasse, de que uma reconciliação nacional é impossível

 

Um país que se mantém assim será incapaz de enfrentar problemas econômicos, climáticos e sociais

 

Quando falava no rádio, Franklin Delano Roosevelt pedia a ajuda de seus ouvintes nas disputas com o Congresso. Seus apelos tinham o poder de fazer chover cartas na mesa dos legisladores, que se sentiam pressionados pelo eleitorado

 

Inaugurado em 22-07-1935, o programa A HORA DO BRASIL – cujo título mais tarde foi modificado para A VOZ DO BRASIL – se tornou obrigatório quando Getúlio Vargas virou ditador. A partir de John Kennedy, a TV passou a ser o principal meio de comunicação dos presidentes norte-americanos. Fernando Collor foi o primeiro produto político da TV brasileira. Barack Obama foi outro ponto de inflexão na comunicação política, presente em 16 diferentes plataformas

 

Em 2010, Marina Silva teve o melhor resultado de um terceiro colocado na história: 19,3% dos votos válidos

 

Donald Trump concluiu que as mensagens mais eficientes eram as mais polarizadoras e ultrajantes

 

Em 2014 brasileiros passaram a gastar mais tempo na internet do que assistindo à TV

 

Em18-10-2018, Patrícia Campos Mello (FSP) publicou o primeiro de uma série de artigos comprovando a existência de um esquema ilegal de disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp sem declaração à Justiça Eleitoral, portanto crime de caixa dois

 

A consolidação de um ecossistema de comunicação política enviesado produziu dissonâncias cognitivas coletivas capazes de sugar a energia de todos no bate-rebate diário do que é verdade ou mentira

 

“Viés de confirmação”; tendência de interpretar os fatos de maneira a aceitar apenas as crenças preexistentes (psicólogo inglês Peter Wason)

 

A liberdade total dos lobos é a morte dos cordeiros (Isaiah Berlin)

 

Em geral aceita apenas aquilo que converge com suas crenças iniciais e rejeita aquelas que contrariam sua opinião, não importando se a informação recebidaé ou não verídica

 

Acredita naquilo que é compatível com seu sistema de crenças, no que prefere acreditar

 

O engajamento não é obtido por mensagens que unam a sociedade, mas por aquelas que inflam paixões, especialmente o medo, o ressentimento e a repulsa

 

As redes sociais geram normalização artificial da mentira

 

A polarização brasileira dificilmente teria alcançado os níveis atuais se cada lado da corda não estivesse sendo puxado

 

Em 1986, Bolsonaro foi preso por publicar artigo reclamando dos baixos soldos. Um ano depois repassou à revista VEJA croquis de um plano que previa a explosão de bombas na adutora que fornece água ao RJ e em unidades militares. Quase foi expulso do Exéercito. Em troca do arquivamento do processo, deixou as Forças Armadas. O uso intensivo de falas editadas, vídeos curtos e memes foi fundamental para construir sua imagem

 

O então presidente do STF, Dias Toffoli, disse que, em 2019, foi procurado por políticos, empresários e militares para discutir a possibilidade de afastamento de Bolsonaro

 

A elite brasileira é escravista. Ela pode ser avançada em um debate em Nova York, Paris, mas a mentalidade é escravista

 

Motivos para não votar Bolsonaro: agressividade, má administração, atuação na pandemia

 

Motivos para não votar em Lula: corrupto, preso

 

Não foi uma eleição de programas, propostas e comparações de governos

 

Pessoas ficam menos propensas a ouvir o outro lado, reforçando suas bolhas de convivência e seus vieses de confirmação

 

A relação entre o bem-estar econômico e o sucesso eleitoral é uma das raras unanimidades da ciência política

 

Se o governo gerou prosperidade, são enormes as chances de ser compensado nas urnas

 

Ironicamente, o general João Figueiredo implementou os dias nacionais de vacinação, com foco na poliomielite

 

O Sudeste passou a ser o campo de batalha decisivo

 

Eleitores negros, mulheres e nordestinos votaram mais em Lula, enquanto homens, brancos, do Sul e Centro-Oeste em Bolsonaro

 

A quantidade de pessoas que diz que vai votar é muito maior do que as pessoas que realmente votam

 

Sob pressão social em assuntos de cunho moral ou socialmente indesejáveis, o comportamento mais comum e tido como mais esperado é o silêncio

 

Quem se opunha à Ostpolitick (esforço para normalizar as relações entre a Alemanha Ocidental e a Oriental), acabava por se sentir marginalizado e se retirava do debate público

 

Quando um cidadão percebe estar em minoria, tende a esconder suas reais opiniões

 

Retórica agressiva em redes sociais com episódios de violência contribuiu para o sentimento de intimidação

 

O medo de que Bolsonaro se reelegesse foi sempre superior ao da volta de Lula

 

Independentemente de gostar ou não de Lula, reconheciam sua preocupação social

 

O progressismo é um movimento que sustenta ser possível melhorar as sociedades humanas por meio da ação política (Norberto Bobbio)

 

No Brasil, boa parte do conservadorismo se confunde com religião

 

Ingênuo supor que a ausência de um dos dois nas próximas eleições vai devolver o país à normalidade política

 

Mais pessoas passaram a escolher com quem conversar sobre política

 

A disputa política em eleições pressupõe um pacto de não agressão

 

Alto nível de distanciamento pessoal por razões políticas

 

Num país de polarização radical, até o passado é discutível

 

25% do eleitorado se disse intolerante em relação ao voto do outro

 

Nos anos de antagonismo PT/PSDB, ainda admitia a existência do outro

 

78% dos eleitores concordavam que o “Estado é o responsável pela redução de desigualdades”, “juízes têm muitos privilégios” e “igrejas deveriam pagar impostos”

 

75% dos brasileiros achavam que pessoas armadas poderiam se envolver em tiroteios mais facilmente, 69% consideravam que a liberação das armas criou mais riscos para os jovens e 64% tinham medo de conviver com pessoas armadas

 

3 dimensões marcam nova forma de compreender a política brasileira:

  • Distância e semelhança entre grupos
  • Valores e identidade
  • Paridade de tamanho

 

Em junho de 2023, 32% dos eleitores de Lula e Bolsonaro disseram acreditar que não reatariam amizades perdidas

 

Fé e voto tornaram-se indissociáveis na última década

 

“Os evangélicos deveriam orar a Deus para matar seus inimigos, quebrar a mandíbula do presidente Lula e prostara enfermidades nos ministros do STF” (pastor Anderson Silva)

 

O Congresso é, por definição, diverso e contraditório

 

A democracia é um sistema político que se baseia na participação dos cidadãos e no respeito pelos direitos individuais e pelas opiniões divergentes. A incapacidade de ouvir, respeitar e tolerar outros pontos de vista pode mina os princípios democráticos e levar a uma série de problemas

 

A democracia depende do diálogo construtivo entre diferentes grupos e indivíduos

 

A desilusão pode levar à apatia política, de modo que a população se afasta da participação cívica

 

Muitos dos desafios que enfrentamos exigem soluções complexas e multifacetadas

 

A falta de respeito e tolerância dificulta a busca por soluções eficazes

 

Tem saída? A resposta simples é sim, mas vai tomar tempo e esforço, demorar anos, e só acontecerá se os dois lados se dediarem

 

Atravessar as fases de negação, raiva e depressão para chegar aos estágios de negociação e aceitação de quem vive em ambiente de polarização extrema

 

Aprender a lidar com esse novo Brasil e identificar os limites do que é aceitável e do que não é, para convivência em sociedade

 

A crise da polarização extrema é um fenômeno mundial

 

Em comum, há o uso estratégico do ressentimento de parte da população com suas elites

 

É natural que pessoas de gênero, raça e renda diferentes exijam respostas distintas. É uma das vantagens da democracia sobre qualquer outro sistema político

 

Os partidos devem ter condições iguais de disputa eleitoral e o candidato que tiver mais votos leva

 

A discussão tem limitações na lei, não aceita agressões, injúrias e difamações

 

Devemos reservar o direito de não tolerar o intolerante, exigir que qualquer movimento que pregue a intolerância fique à margem da lei e qualquer incitação à intolerância e à perseguição seja considerada criminosa, da mesma forma que incitação a homicídio, sequestro de crianças ou tráfico de escravos

 

A sociedade precisa concordar sobre limites, aceitar regras civilizatórias que não podem ser ultrapassadas

 

Necessidade de investimentos públicos consistentes no SUS e transferência de renda não é de direita nem de esquerda

 

Algumas empresas usam selos ESG para ações de marketing sem tomar nenhuma atitude real sobre o tema

 

Empresas deverão conhecer profundamente sentimentos que movem ações de consumo

 

Numa final de campeonato, quem ganha festeja, quem perde chora, e, no próximo torneio, começa tudo de novo

 

Impor limites claros de até onde vai a opinião política e onde começa a intolerância

 

Não se pode, em nome da “liberdade de expressão sem limites”, naturalizar o ódio, o preconceito, a intimidação

 

Não existe liberdade para atentar contra a democracia, pedir a volta da tortura, a morte de inimigos políticos, intervenção militar

 

A renovação do capitalismo e da democracia deve ser animada por uma ideia simples, mas poderosa: a da CIDADANIA. Não podemos pensar apenas como consumidores, trabalhadores, empresários, aforradores ou investidores (especuladores). Temos de pensar como cidadãos. Esse é o laço que une as pessoas em uma sociedade livre e democrática. É pensando e agindo como cidadãos que uma comunidade política democrática sobrevive e prospera

 

O remédio para a doença da democracia é mais democracia, o que implica em instituições mais transparentes

 

Um Estado mais transparente naturalmente terá menos incentivo para desvios de conduta

 

O discurso populista radical foi resultado de um processo contínuo de criminalização da política

 

O Congresso transformou a execução das emendas parlamentares em uma cascata de desvio e desperdício de dinheiro público

 

Nosso inferno é compreender o outro

 

CONTEÚDOS DIGITAIS

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6 de abr. de 2024

USO INDEVIDO DE CELULARES

Além de o mundo voltar a temer guerra nuclear, outro enorme perigo é o uso demasiado, indevido e inútil do aparelho celular, tendo em vista:

a)    Riscos de vida (atravessar a rua ou caminhar usando o equipamento);

b)    Fraudes e golpes;

c)     Adoecimento tech neck” (pescoço tecnológico);

d)    Problemas ortopédicos por má postura;

e)    Pressão demasiada à coluna cervical, ao inclinar o pescoço para mexer em celular;

f)      Dores nos ombros, nas mãos e nos punhos;

g)    Perturbação do sono;

h)    Alteração comportamental (sensação das pessoas estarem sempre disponíveis);

i)       Importunação pelo deseducado e desrespeitoso uso de áudio em “viva voz” e ou “2x”;

j)       Passar o tempo inteiro com olhos pregados no celular, sem dar atenção a ninguém, nem se concentrar em algo útil, instrutivo, relaxante, agradável, saudável;

k)     Baixa produtividade em atividades produtivas;

l)       Isolamento e distanciamento entre pessoas;

m)   Desperdício de tempo;

n)    Famílias que perderam filhos por suicídio e overdose processam redes sociais;

o)    Emburrecimento de grande parte da população;

p)    Propagação de “verdades” absolutas que ignoram as ciências;

q)     Picaretas (patrocinados!) dizem e fazem enormes besteiras;

r)      Absurda quantidade de imbecis seguidores de “influencer” embusteiros.

 

Também é preocupante e temerário o futuro de crianças assistindo canais que:

a)     estimulam consumismo, violência, desrespeito e desobediência aos pais, bem como sensualidade precoce, exposição indevida e agressiva;

b)     focam na venda de "produtos" totalmente inadequados, inúteis e desnecessários;

c)     deformam o caráter;

d)     não têm conteúdo útil, instrutivo, recreativo, divertido, cultural;

e)     ensinam a roubar, mentir e "trolar";

f)       destroem o que escolas tentam construir durante anos;

g)     jogam no lixo o árduo investimento financeiro sacrificado dos pais;

h)     são produzidos, dirigidos e atuados por ignorantes, irresponsáveis, analfabetos, sem escrúpulos, fúteis, prejudiciais à sociedade.

 

É importante desligar o celular duas horas antes de dormir, não levar o aparelho para a cama e usá-lo da mesma forma que utilizamos vaso sanitário (2 ou 3 vezes ao dia: se e quando necessário), pois “a vida real deve ser prioridade, a conectividade não deve nos aprisionar e temos o direito de desconectar”.

4 de abr. de 2024

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

 Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões

https://ensina.rtp.pt/artigo/mudam-se-os-tempos-mudam-se-as-vontades-de-luis-de-camoes/

27 de mar. de 2024

CONFLITO SEM FIM

Dúvida Ingênua ou Pragmatismo do Bem: 

Será que, se a parte norte do território for ocupada somente por Judeus (22.000 km²) e a parte sul apenas por Palestinos (6.000 km²), realocando seus 9 e 5 milhões de habitantes, seria possível a coexistência pacífica entre os dois povos? 

Ajudaria também se Jerusalém fosse transformada em uma Cidade-Estado similar ao Vaticano?

 Ainda existe a ONU?

26 de mar. de 2024

REELEIÇÃO

Que seja aprovado o fim da reeleição, para todos os cargos eletivos, nos 3 níveis!

Mas, além de todo os mandatos passarem a ser de 5 (cinco) anos, com eleições anuais (1º ano: Vereadores e Deputados Estaduais/Distritais; 2º ano: Prefeitos; 3º ano: Deputados Federais; 4º ano: Governadores e Senadores; e 5º ano: Presidente da República), são inadiáveis e inevitáveis outras alterações:

  1. Voto Distrital Misto, Revogação, Veto Popular, Consultas Populares, Plebiscitos e Referendos;
  2.  Estatutos de Partidos Políticos explicitarem, de forma clara e objetiva, diretrizes e regras sobre fidelidade partidária, formação política mínima obrigatória, instrumentos de transparência e garantia de efetiva participação de filiados em decisões partidárias;
  3. Estabelecer o período mínimo de 5 (cinco) anos de domicílio eleitoral e filiação partidária para concorrer a cargo eletivo, mediante obrigatória escolha em votação interna por filiados;
  4. Não permitir registro de candidatura de policiais (civis, militares, bombeiros), integrantes das forças armadas, delegados, juízes, promotores, desembargadores e procuradores, a qualquer cargo eletivo, nem atuação em política partidária;
  5. Apresentação, no ato de registro de candidatura ao Executivo, de Programa de Metas, com prioridades, ações estratégicas, indicadores quantitativos e orçamentos estimativos (similar ao Artigo 69-A da Lei Orgânica do Município de São Paulo, Emenda nº 30);
  6. Divulgação de propostas de candidatos em Rádio e TV exclusivamente com gravação em estúdio, sem uso de imagens externas nem produção por agências de publicidade;
  7.  Vedação do uso de carros de som, cavaletes, bandeiras e carreatas em atividades de propaganda eleitoral, bem como o pagamento a ativistas;
  8. Abolir emendas parlamentares e de bancadas aos Orçamentos da União, dos Estados e Municípios;
  9. No Legislativo, cargos administrativos, de assessoria e consultoria serem ocupados exclusivamente por servidores concursados, do quadro efetivo, permanente;
  10. Subsídios de Deputados Estaduais e Distritais limitados a, no máximo, 50% do estabelecido para Deputados Federais (§2º do Art. 27 da CF);
  11. Subsídios de Vereadores limitados aos seguintes percentuais máximos sobre os subsídios dos Deputados Estaduais, respeitados os tetos de 0,5% da receita corrente líquida do município e 50% do repasse à Câmara Municipal, prevalecendo o menor dos três parâmetros:

a)      até dez mil habitantes: 10%;

b)      de dez mil e um a cinquenta mil habitantes: 15%;

c)      de cinquenta mil e um a cem mil habitantes: 20%;

d)      de cem mil e um a duzentos mil habitantes: 25%;

e)      de duzentos mil e um a trezentos mil habitantes: 30%;

f)        de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes: 35%;

g)      acima de quinhentos mil habitantes: 40%.

1 de mar. de 2024

4 LINHAS DA CONSTITUIÇÃO

 

“... 4 LINHAS DA CONSTITUIÇÃO ...”

O preâmbulo contém 7 linhas. Nas 4 primeiras, o povo brasileiro institui o Estado Democrático e assegura direitos sociais, individuais, liberdade, segurança, bem-estar, desenvolvimento, justiça e igualdade como valores supremos da sociedade.

Já o Art. 1º, em texto corrido seriam aproximadamente 4 linhas, relaciona os fundamentos da República: soberania, cidadania, dignidade, trabalho, livre iniciativa e pluralismo político.

Ao todo, na edição impressa que consulto, a Constituição da República Federativa do Brasil contém 111 páginas, cada uma com 25 a 30 linhas.

Desse modo, a Nossa Carta Magna pode ter aproximadamente 3.000 linhas.

E não há nenhuma linha garantindo “liberdade sem responsabilidade” nem “direito a golpe”.  

29 de fev. de 2024

É justo toda a sociedade pagar para cobrir os impostos que igrejas deixam de pagar ?

ENTIDADES religiosas têm benefícios tributários


Érico Firmo, Jornal O POVO, 27 de Fev de 2024


Entidades religiosas no Brasil não pagam impostos diretos. São isentas de Imposto de Renda e IPTU. Nem IPVA é pago por veículos de propriedade das igrejas, terreiros de Umbanda ou Candomblé, centros espíritas, sinagogas, mesquitas e outros. Na reforma tributária, o benefício foi ampliado para organizações assistenciais e beneficentes ligadas às instituições religiosas.


No último ano de governo Jair Bolsonaro (PL), às vésperas da campanha de reeleição em que ele acabou derrotado, ato da Receita Federal dispensou as igrejas e demais entidades religiosas de recolher contribuições previdenciárias sobre um tipo especial de remuneração chamada prebenda, paga a padres, pastores e outros líderes religiosos. A medida, além de dispensar os clérigos e afins de contribuir com a Previdência, livrou as igrejas de dívidas milionárias.

No governo Lula (PT), o ato foi anulado e causou enorme grita, acusações de perseguição religiosa e como se fosse um grande retrocesso, mesmo a medida tendo sido adotada apenas no último ano de governo Bolsonaro, na iminência da reeleição, e não tendo vigorado durante praticamente toda a história previdenciária brasileira. Agora querem convencer de que retirar privilégio tão recente é um grande absurdo.

Nesta terça-feira, comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou proposta de emenda à Constituição (PEC) para ampliar os benefícios. As igrejas passariam a ser isentas também de impostos indiretos. Por exemplo, a tributação que incide sobre material de construção comprado para uma obra passará a ser isenta, pela PEC.

Até conta de energia poderá ser barateada, também com a isenção dos impostos que sobre ela incide. O impacto do apanágio giraria na casa de R$ 1 bilhão ao ano.

A questão não é se igrejas devem ou não pagar tais impostos. Dizer que elas podem deixar de pagar é cômodo. Por mim, eu também não pagaria. A questão é que esse bilhão anual terá de sair de alguma parte. E na hora de se oferecer para custear o rombo a coisa enrosca. O ponto fundamental é: o conjunto da população deve pagar para cobrir os impostos das igrejas e afins?

Entidades religiosas movimentam dinheiro. Algumas movimentam muito dinheiro. A imunidade tributária as torna atraentes inclusive para lavagem de dinheiro. No ano passado, um integrante do alto comando da facção criminosa PCC foi acusado de abrir sete igrejas para lavar R$ 23 milhões de dinheiro do tráfico de drogas.

Não são poucas as organizações religiosas em condições de mobilizar seus fiéis para pagar os impostos e muito mais. A quase totalidade já vive deles. Cada um custeie a sua igreja ou entidade. Por que o conjunto da sociedade haveria de pagar por todas?

Sem isenção para igreja-partido

Uma sugestão, que não será aceita, para incluir na PEC: igreja que se mete a fazer campanha política, eleger deputado, vereador, senador, prefeito, governador, presidente, deveria perder o benefício fiscal.

Partidos políticos também têm benefícios tributários, o que é igualmente bastante questionável. Cada um que busque apoio e adesão social para se manter, ora mais. Já têm dinheiro do Fundo Partidário a valer. Porém, convenhamos, cada um na sua. Nem igreja deve fazer política partidária nem partido deve fazer proselitismo, inclusive religioso. Mas as coisas andam bem misturadas.

https://mais.opovo.com.br/colunistas/erico-firmo/2024/02/27/o-privilegio-das-igrejas-de-nao-pagar-impostos.html

28 de fev. de 2024

FUTEBOL OU BARBÁRIE?

Além de medidas profiláticas (cadastro biométrico facial integrado a diversos bancos de dados, planejamento, organização e eficácia de ações de forças de segurança no raio de 5 km do local de jogos), clubes devem ser responsabilizados pelo patrocínio (viagens e ingressos) de bandidos e malfeitores travestidos de “torcedores”.

Sugerimos alternativa pedagógica progressiva:

1)     Proibir público em estádios por 3 anos;

2)     No triênio seguinte, permitir a presença de apenas uma torcida;

3)     A partir do sétimo ano, limitar a 10% da capacidade do estádio (arena?!) o número de torcedores de cada time, com evolução gradativa do percentual conforme a avaliação das medidas implementadas.

27 de fev. de 2024

A NTUREZA É INOCENTE

 

As chuvas e cheias de rios não são culpadas por mortes, destruições e prejuízos. 

Essas tragédias ocorrem por incompetência, irresponsabilidade, ineficiência, ineficácia, omissão, falta de planejamento e efetividade das ações de governos municipais, pois: 

  • São coniventes com ocupações em áreas de risco; 
  • Não implementam políticas urbana, ambiental e de habitação popular;
  • Não atuam na prevenção, drenagem, coleta e destinação corretas de resíduos sólidos;
  • Não se interessam por saneamento básico.

26 de jan. de 2024

5 pilares da direção defensiva

De acordo com o Manual de Direção Defensiva do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), direção defensiva é:

“A forma de dirigir, que permite a você reconhecer antecipadamente as situações de perigo e prever o que pode acontecer com você, seus acompanhantes, com o seu veículo e com os outros usuários da via”.

E, mais do que isso: a direção defensiva também permite que você, enquanto motorista, tome decisões que protejam os ocupantes do veículo e os demais usuários da via.

Em outras palavras, portanto, a direção defensiva pode ser caracterizada como práticas conscientes no trânsito, capazes de aumentar a segurança e reduzir o número de ocorrências graves nas estradas. 

5 pilares da direção defensiva

No total, a direção defensiva é dividida em 5 pilares diferentes:

  • Conhecimento;
  • Atenção;
  • Previsão;
  • Habilidade;
  • Ação.

Logo abaixo você conhecerá com mais detalhes cada um deles e, além disso, descobrirá como aplicá-los no seu dia a dia nas estradas!

Pilar 1: Conhecimento

Como o próprio nome sugere, esse pilar da direção defensiva se refere ao domínio das principais informações de segurança no trânsito. Alguns exemplos são:

  • Dominar as leis de trânsito;
  • Conhecer o veículo que você está pilotando;
  • Saber utilizar os equipamentos de transporte;
  • Saber reconhecer as situações perigosas de uma via;
  • Entender como as condições do tempo podem influenciar a condução. 

Pilar 2: Atenção

O pilar 2, por sua vez, diz respeito à atenção permanente que você, enquanto condutor, precisa ter a todo o momento enquanto está conduzindo um veículo. Essa atenção é fundamental também tanto sobre a via em si quanto sobre as condições do veículo.  

De uma forma geral, significa que é essencial que o motorista esteja em estado de alerta constante para todas as possíveis situações que possam interferir na sua segurança e na segurança das outras pessoas que estão passando na via.

Pilar 3: Previsão

Capacidade de antever e, por consequência, evitar situações de risco. É assim que podemos definir o terceiro pilar da direção defensiva, conhecido como pilar da previsão. 

Um exemplo clássico é quando o motorista está passando em uma rua e percebe uma movimentação de crianças jogando bola ou até mesmo quando existem ciclistas na via. Em ambos os casos é essencial ativar o pilar da previsão, bem como os dois pilares anteriores. 

Pilar 4: Habilidade

O quarto pilar da direção defensiva é a habilidade. Em outras palavras, a capacidade e a experiência dos motoristas quando o assunto é dirigir o veículo da maneira correta, executando as manobras necessárias para garantir a segurança dele e dos demais. 

Pilar 5: Ação

Para finalizar, o quinto e último pilar a direção defensiva é o pilar da ação, que se trata da preparação prévia dos condutores para colocar em prática as manobras que forem necessárias para contornar situações de perigo e, consequentemente, evitar acidentes. 

Esses, portanto, são os 5 pilares da direção defensiva. Agora que você já conhece todos eles, queremos saber: você tem o costume de colocá-los todos em prática no seu dia a dia? Aproveite para compartilhar o conteúdo com outros colegas que também pegam estrada com frequência. 


https://framento.com.br/motorista-conheca-os-5-pilares-da-direcao-defensiva-e-saiba-como-aplica-los-no-dia-a-dia/