27 de ago. de 2024

ESCOLHAMOS A DEMOCRACIA!

Democratas leais devem condenar publicamente o comportamento autoritário e trabalhar para responsabilizar os infratores, mesmo quando esses são seus aliados ideológicos.

Democratas leais devem expulsar extremistas antidemocráticos de seus quadros, recusar-se a endossar suas candidaturas, negar toda colaboração com eles, e, quando necessário, juntar forças com rivais ideológicos para isolá-los e derrotá-los. E devem fazer isso mesmo quando os extremistas são populares dentro de sua base partidária.

Democratas leais juntam forças para condenar ataques à democracia, isolar os responsáveis por tais ataques e fazê-los responder por seus atos.

Após Trump ser impedido pela Câmara dos Deputados por causa da Insurreição de 6 de janeiro de 2021, os senadores republicanos esmagadoramente votaram para absolvê-lo, mesmo que muitos reconhecessem que, nas palavras do senador Mitch McConnell, o presidente fosse “prática e moralmente responsável” pelo ataque.

A absolvição permitiu que Trump continuasse sua carreira política a despeito de ter tentado impedir a transferência pacífica do poder.

Se Trump tivesse sido condenado pelo Senado, ele teria sido legalmente impedido de concorrer novamente à Presidência.

Os senadores republicanos tiveram uma clara oportunidade de assegurar que uma figura abertamente antidemocrática não iria nunca mais ocupar a Casa Branca — mas 43 deles, incluindo Mr. McConnell, recusaram essa oportunidade.

O Comitê Nacional Republicano poderia declarar que o partido não irá indicar um elemento que é uma ameaça à democracia ou que foi denunciado por graves acusações criminais.

A aquiescência dos líderes republicanos com o autoritarismo de Trump não é nem inevitável nem inescapável.

É uma escolha!

Para os republicanos dos EUA, então, o Brasil oferece um modelo.

https://www.viomundo.com.br/politica/steven-levitsky-e-daniel-ziblatt-os-assassinos-da-democracia-sempre-tem-cumplices.html

 

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