Democratas leais devem condenar publicamente o comportamento autoritário e trabalhar para responsabilizar os infratores, mesmo quando esses são seus aliados ideológicos.
Democratas leais devem expulsar extremistas antidemocráticos de
seus quadros, recusar-se a endossar suas candidaturas, negar toda colaboração
com eles, e, quando necessário, juntar forças com rivais ideológicos para
isolá-los e derrotá-los. E devem fazer isso mesmo quando os extremistas são
populares dentro de sua base partidária.
Democratas leais juntam
forças para condenar ataques à democracia, isolar os responsáveis por tais
ataques e fazê-los responder por seus atos.
Após Trump ser impedido pela Câmara dos Deputados por
causa da Insurreição de 6 de janeiro de 2021, os senadores republicanos
esmagadoramente votaram para absolvê-lo, mesmo que muitos reconhecessem que,
nas palavras do senador Mitch McConnell, o presidente fosse “prática e
moralmente responsável” pelo ataque.
A absolvição permitiu que Trump continuasse sua carreira política
a despeito de ter tentado impedir a transferência pacífica do poder.
Se Trump tivesse sido condenado pelo Senado, ele teria sido
legalmente impedido de concorrer novamente à Presidência.
Os senadores republicanos tiveram uma clara oportunidade de
assegurar que uma figura abertamente antidemocrática não iria nunca mais ocupar
a Casa Branca — mas 43 deles, incluindo Mr. McConnell, recusaram essa
oportunidade.
O Comitê Nacional
Republicano poderia declarar que o partido não irá indicar um elemento que é
uma ameaça à democracia ou que foi denunciado por graves acusações criminais.
A aquiescência dos líderes republicanos com o autoritarismo de Trump
não é nem inevitável nem inescapável.
É uma escolha!
Para os republicanos dos EUA, então, o Brasil oferece um modelo.
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