o VOTO da hora

 O que de fato importa na decisão de quem "vota"  em candidato a vereador, prefeito e outros cargos "indicados" por "corretores" de votos é:

a) aproveitar a ocasião de atualizar faturas de energia, água, telefone etc;

b) garantir botijões de gás, tijolos, telhas, cimento etc;

c) comes e bebes, passagens para ir votar,  uns trocados;

d) favores pessoais e ou familiares;

e) promessas de cargos e salários, para si e os seus;

f) imediatismo, egoísmo,  ignorância, pobreza, desemprego, condições objetivas da vida sofrida etc;

g) não efetividade de políticas públicas, ausência de Estado, falta de cidadania, ética, impunidade etc.

Não vejo a menor hipótese de isso mudar, nunca, INFELIZMENTE!, por  diversos motivos, como por exemplo:

Ø  apatia do povo, originária inclusive do fato de o brasileiro ter sido objeto de colonização de exploração e não de povoamento;

Ø  baixo nível de escolaridade da população, que também favorece a apatia, a indiferença, a inércia, a falta de ação e o comodismo;

Ø  grande parcela da sociedade praticar a cidadania “utilitarista”, ou seja, somente adotar posturas e ações concretas (denúncia e defesa de direitos) em situações que atingem o interesse pessoal (individualismo);

Ø  má qualidade de parte da representação política;

Ø  insuficiente fiscalização, que se mostra reativa, formal, viciada e ineficaz;

Ø  criação de vários municípios apenas com finalidade de receber verbas do FPM - Fundo de Participação dos Municípios;

Ø  “declínio cívico, enfraquecimento do senso de solidariedade, elevados níveis de criminalidade e dissolução de casamentos e famílias” (GIDDENS, p.88);

Ø  “revolta das elites, que optam por viver em separado do resto da sociedade, em comunidades fortificadas” (GIDDENS, p.113): condomínio fechado, carro blindado, segurança armada, guarda-costa etc; 

Ø  A corrupção “corrói a dignidade do cidadão, deteriora o convívio social, os serviços públicos e compromete a vida de gerações futuras”  (TREVISAN, p.11).