21 de fev. de 2012

CIDADANIA URBANA

Cada um de nós, consumidores, somos obrigados a acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos que geramos e dar-lhes um destino adequado.Esta obrigação consta do Decreto nº 7.404, de 23.12.2010, que regulamentou a Lei nº 12.305, de 02.08.2010.

Vamos participar e adotar uma postura ambiental correta, cidadã?
Atualmente, ouvimos falar muito sobre reciclagem do lixo urbano em diversas cidades brasileiras. Embora exista uma diversidade de informações sobre o tema, algumas fontes apontam que 57,6% dos municípios brasileiros desenvolvem iniciativas de coleta seletiva. Isso, sem dúvida, é muito interessante sob a ótica da redução da carga de resíduos em aterros sanitários, ou até mesmo nos lixões.

Mas, você já parou para pensar que menos de 5 % dos resíduos gerados no Brasil são submetidos à reciclagem (?) E que mais de 50 % do lixo urbano é disposto a céu aberto (?)

Embora muitas pessoas adotem a reciclagem como um princípio em suas vidas (o que é válido e muito bom) é preciso saber que a geração de lixo doméstico pode até reduzir, mas sempre existirá, já que aproximadamente 60 % da composição do nosso lixo doméstico é de matéria orgânica, ou seja, aquilo que não pode ser reciclado como as embalagens em geral, isto é, teria que ser destinado à compostagem (método que transforma matéria orgânica em adubo). Ocorre que, dependendo da região (estado/município) o custo de construção e implantação de uma usina de compostagem torna-se inviável. A compostagem “caseira” seria uma alternativa, porém a maioria da população Brasileira vive em cidades e não em áreas rurais.

Diante disso, uma questão pouco difundida nas pesquisas e fóruns de discussão sobre os resíduos urbanos, é o acondicionamento do lixo domiciliar, isso mesmo, o saco de lixo que você coloca pra fora da sua residência e o caminhão de coleta passa 2 ou 3 vezes por semana para recolher.

Com certeza, você já viu seu vizinho acondicionar o lixo doméstico da mesma forma representada na foto nº 1, independentemente do contexto social regional.


Essa forma de acondicionamento, seguramente não é a mais adequada, pois pode facilitar a proliferação de organismos patogênicos, bem como insetos e animais transmissores de doenças.

Alguns municípios brasileiros possuem legislação específica para disciplinar o acondicionamento do lixo gerado em cada domicílio.

Observe que, embora exista um avanço na questão do acondicionamento dos resíduos sólidos, sabemos que a realidade que observamos nas ruas está longe do cumprimento das regras estabelecidas pelo Poder Público.

Portanto, cabe a você procurar adotar medidas necessárias para dispor seu lixo domiciliar da forma mais adequada possível.

Algumas dicas p/ acondicionar (melhor) seu lixo doméstico:

  • No comércio em geral, você pode comprar sacos de lixo apropriados para acondicionar seu lixo. Dê preferência aos sacos de cor preta, pois os mesmos são visualmente mais amigáveis pois não “revelam” o conteúdo do seu lixo.
  • Procure comprar sacos de lixo resistentes, para evitar seu rompimento no ato da coleta;
  • Se o volume de lixo for execssivo ou muito pesado, utilize dois (2) sacos para acondicioná-lo;
  • Caso tenha que descartar objetos perfurocortantes (vidros, agulhas, facas, etc), procure colocá-los em embalagens para protegê-los evitando que provoquem acidentes no pessoal da coleta. (pode ser caixas de papelão; muitas folhas de jornal, etc.);
  • Respeite o horário de coleta do seu município. Programe-se para disponibilizar o lixo à coleta, evitando longos períodos de exposição do lixo na rua;
  • Caso não seja possível disponibilizar o lixo em horários próximos aos da coleta, ao colocá-lo na rua, aplique inseticicida nos sacos. Isso reduzirá bastante a possibilidade de aproximação de ratos, gatos, cachorros, etc., bem como insetos;
  • Com essas pequenas atitudes, podemos tornar o ambiente urbano mais agradável.
Agora, é com você!

Ricardo Ribeiro.

Dica: O Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), disponibiliza em seu site a “Cartilha de Limpeza Urbana”, onde é possível encontrar mais orientações importantes

http://www.ecomvoce.com.br/modulos/noticias/imprimir.php?cod=2